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quarta-feira, 23 de março de 2016

Advogado foi morto em seu escritório em Guarulhos, São Paulo

A polícia revelou que criminalista levou tiros e facada.
Movimento Brasil Livre e o PT emitiram notas lamentando morte




O advogado Leandro Balcone foi assassinado na manhã desta terça-feira (22) em seu escritório, no Centro de Guarulhos, em São Paulo. Informações iniciais da polícia indicam que o criminalista , de 35 anos, levou tiros e uma facada. O assassino fugiu.
O corpo de Balcone será velado na Câmara Municipal de Guarulhos na noite desta terça.
De acordo com a TV Globo, policiais do Setor de Homicídios de Guarulhos verificavam se o escritório tem câmeras de segurança e se elas gravaram algo. Nenhum suspeito havia sido preso até a publicação desta reportagem.
O presidente da OAB de São Paulo, Marcos da Costa, afirmou que o advogado Balcone "era um jovem que se destacava na liderança da Advocacia em Guarulhos".
"A morte de um colega em pleno exercício profissional choca todos os advogados do país. A OAB Nacional, juntamente com a Seccional paulista, acompanhará as investigações sobre esse crime bárbaro e se solidariza com a família e os amigos de Leandro Balcone", afirmou o presidente nacional da OAB, Claudio Lamachia.
O Movimento Brasil Livre Guarulhos emitiu, em sua página no Facebook, nota lamentando a morte do advogado, que era ativista contrário ao governo de Dilma Rousseff. “É com imensa tristeza que recebemos a notícia do falecimento de Leandro Balcone. Balcone era um companheiro de lutas nessa cidade, e é uma grande perda nessa caminhada. Que a família e os amigos recebam o conforto e a paz necessária nesses momentos”, diz a nota.
O PT de Guarulhos também divulgou comunicado sobre o assassinato. “O PT de Guarulhos lamenta a morte trágica e violenta do advogado criminalista Leandro Balcone. O Partido dos Trabalhadores tem como premissa a transformação da sociedade pela disputa no campo das ideias; respeita e convive com os pensamentos divergentes. Repudiamos todo e qualquer ato de violência que atente contra a integridade física e psicológica do ser humano. O PT de Guarulhos espera das autoridades policiais ação rápida no sentido de elucidar os fatos e punir com rigor os autores. Prestamos nossos sentimentos à família e a comunidade política.”

quinta-feira, 17 de março de 2016

Manifestação em Curitiba



Um grupo de 15 manifestantes ameaçou atear fogo na sede do Partido dos Trabalhadores (PT), na Alameda Princesa Isabel, no bairro São Francisco, em Curitiba, no Paraná, por volta da meia-noite desta quinta-feira. Dois seguranças, que faziam guarda no local, impediram os homens de invadir o prédio. A situação só se acalmou com a chegada da Polícia Militar.
— Em termos de prejuízo material, tivemos apenas um muro pichado. Mas os manifestantes tentaram invadir o prédio e ameaçaram atear fogo na sede com os seguranças dentro. Eles (os manifestantes) disseram que iriam até um posto pegar gasolina e que voltariam. Os seguranças, então, ligaram para a polícia — explicou a assessoria de imprensa do PT em Curitiba, Cinthia Alves. — Com a chegada da Polícia Militar, eles (os manifestantes) se dispersaram, mas disseram que iam voltar.
Sede municipal do PT em Curitiba foi pichada Foto: Divulgação / Cinthia Alves
Ainda de acordo com Cinthia, nessa manhã, cerca de 30 pessoas - entre funcionários e militantes estão no prédio onde funciona a sede do PT estadual e municipal. O clima, no entanto, ainda é de medo.
— A polícia disse ontem que iria fazer rondas na região. Mas estamos aqui — acrescentou.
CUT apredrejada
No mesmo bairro, a sede da Central Única dos Trabalhadores (CUT) também foi alvo de vândalos durante essa madrugada. Manifestantes apedrejaram o local e quebraram um porta de vidro. Os muros da entidade foram pichados com frases como “fora milícia”.
Sede da CUT em Curitiba foi pichada
Sede da CUT em Curitiba foi pichada Foto: Divulgação / Daniel Mitelbach
Sede da CUT em Curitiba foi apedrejada
Sede da CUT em Curitiba foi apedrejada Foto: Divulgação / Daniel Mitelbach
A entidade divulgou uma nota condenando o ataque dos vândalos. Leia na íntegra:
“Durante a madrugada da noite de quarta (16) para quinta-feira (17) a sede da Central Única dos Trabalhadores do Paraná foi atacada. Os muros da entidade foram pichados com frases como “fora milícia”. A porta de vidro foi totalmente quebrada, alvo de pedras que foram jogadas contra o prédio da instituição às 0h05.
O ataque é, claramente, resultado das ações inconsequentes de setores políticos que apostam no caos social para desestabilizar o Brasil. O ódio, disseminado por meio das redes sociais, deixa a Internet para ganhar as ruas.
O maior estrago, certamente, não é físico, estrutural ou material. Os prejuízos não são contabilizados nas finanças do que deverá ser arrumado. O problema, bem como o alvo central do ataque, foi a democracia brasileira.
Estabelecer a violência como parâmetro de ação política não faz parte do jogo democrático, tampouco disseminar o ódio, estabelecer um estado judicial de exceção ou ainda agredir pessoas nas ruas por manifestarem opiniões diferentes.
Este cenário é nitidamente de um momento de alto risco para as instituições brasileiras. A irresponsabilidade de ações midiáticas de parte do poder judiciário têm como resultado a agressão de um jovem casal na Avenida Paulista, as tentativas de ataque ao Palácio Alvorada ou ainda os ataques ocorridos contra as sedes da CUT Paraná e do Partido dos Trabalhadores. É o mais próximo que chegamos, em toda a nossa história, de um sistema fascista que não permite o contraditório e tampouco respeita as instituições, sejam elas governamentais ou representativas.
A luta da CUT, ao longo dos seus mais de 30 anos, sempre foi para melhorar as condições de vida da classe trabalhadora e pela implantação e manutenção de um sistema democrático em nosso País. Com a mesma veemência que condenamos os ataques ocorridos nesta madrugada, continuaremos a lutar pela manutenção de um estado democrático de direito, onde todos sejam livres para expressar suas opiniões sem que sejam vítimas de violência.
Somos fortes!
Somos CUT!”.
Até às 10h30 desta quinta-feira, nenhum suspeito de envolvimento nos ataques havia sido preso, de acordo com a Polícia Militar do Paraná.