terça-feira, 22 de março de 2016

Negligência Médica na UPA Infantil de Duque de Caxias

Mãe de Yasmin Victória registrou queixa na delegacia contra a UPA de Duque de Caxias, alegando que o hospital se recusou fazer exames mais profundos.

Imagem do post

“Minha filha chegou a implorar por ajuda, dizendo que não aguentava mais de dor. A médica simplesmente sorriu e disse que era assim mesmo”, contou Andressa, mãe de Yasmin.


prefeitura de Caxias informou que Yasmim foi atendida no dia 4 de março, sendo realizados na ocasião um exame de raio-x e um hemograma. Ambos constataram não haver gravidade de dengue uma vez que o número de plaquetas estava normal. A menor então recebeu medicamento do médico e foi liberada com a orientação de retornar caso os sintomas permanecessem.

Um dia depois, Andressa retornou com a menina à UPA infantil. Segundo a mãe, desta vez a menina apresentava fortes dores nas costas e dificuldade para respirar. Ela afirma que a médica não solicitou novos exames, apenas se baseou nos que já tinham sido feitos e tornou a liberar Yasmim alegando um diagnóstico de virose.
Prefeitura de Caxias alegou que foi realizado outro hemograma no dia 5 e que novamente não foi constatado sintoma de gravidade de dengue. Ainda, segundo a prefeitura, a menina foi então medicada e liberada, com a mesma orientação de voltar caso tornasse a se sentir mal.

Criança sofreu hemorragia e morreu na UTI do Miguel Couto


Depois do segundo atendimento na UPA, a mãe de Yasmim disse que na manhã do dia 6 a filha começou a expelir sangue pela boca. Ela a levou para o Hospital Lourenço Jorge, na Barra. O quadro da vítima teria piorado e então foi solicitado uma transferência para uma UTI no Hospital Miguel Couto. Andressa contou que a menina tinha sofrido hemorragias e que foram necessárias três bolsas de sangue. Já em coma induzido, a menor não resistiu e morreu na madrugada do dia 8.

Com posse do laudo emitido pelo Laboratório Central de Saúde Pública do Rio de Janeiro Noel Nutels, que atesta a morte por dengue, e com cópias do boletins de atendimento da UPAAndressa registrou a ocorrência na delegacia.

"O que acontece, é que a maioria dos médicos olham a profissão como uma forma de gerar receita, não se poem no lugar dos pais, em ver naquela situação seus filhos. Hoje é muito mais fácil dar um diagnóstico simples e chamar o próximo da fila. Nada trará a pequena Yasmim de volta, mas o maior desejo desta mãe, é alertar que as outras mães não se calem e não aceitem qualquer diagnóstico. Ela quer Justiça!"



0 comentários:

Postar um comentário